terça-feira, 12 de abril de 2011

Um novo Blog sobre Água

O blog tem os seguintes objetivos:
  • apontar caminhos;
  • compartilhar responsabilidades; e
  • construir soluções coletivas.
Acesse e verifique:
http://www.cirandadaaguadesaomateus.blogspot.com/

terça-feira, 22 de março de 2011

PLANETA ÁGUA
Guilherme Arantes


Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população
Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas no leito dos lagos, no leito dos lagos
Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra, planeta água

Terra, planeta água 
Terra, planeta á...gua

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

SUN JAR LUMINÁRIA SOLAR


http://br.greenvana.com/Produto/Inovacao/Solares/Importado/Sun-Jar-Luminaria-Solar.aspx
Descrição do Produto
Sol em jarra. Se você bateu o olho na foto e imaginou cookies deliciosos lá dentro, reveja a imagem. Neste pote só tem lugar para a luz do sol. Isso mesmo, ele possui um painel interno que capta a luz solar e a transforma em energia, que é armazenada em uma bateria e pode ser ligada a qualquer momento. Ideal para quem gosta de acampar ou quer uma luz indireta na varanda e no jardim de casa. Assim, de dia ela armazena a luz e de noite está pronta para ser usada. Boa alternativa também para quem gosta de deixar uma luz acesa no corredor ou no quarto durante a madrugada. Economiza energia e a consciência fica limpa. A SunJar possui o selo ROHS - Restriction of the Use of Certain Hazardous Substances (Restrição de Certas Substâncias Perigosas), que certifica a ausência de materiais tóxicos no produto, diminuindo os riscos ao meio ambiente ao ser descartado. Ela ainda é à prova d’água e fácil de limpar. A luz acende no escuro ou com o painel solar coberto. O tempo de carga é de cerca de 3 horas e depois de totalmente carregada a Sun Jar Luminária Solar dura 5 horas acesa.
Medidas: 105 x 160 x 105 mm

Eco info
Esta luminária é feita de vidro e tem lâmpadas de LED (Light Emitting Diode). A luz é produzida por meio de painéis solares que captam a energia luminosa e a transformam em impulsos elétricos. Esse é considerado um sistema limpo e renovável porque não depende de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão. Utiliza apenas o sol, uma fonte natural que não polui, é ilimitada e muito poderosa. Alguns estudos apontam que a quantidade de luz solar que chega à Terra anualmente corresponde a 10 mil vezes o consumo mundial neste período, segundo o Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito (Cresesb).


Fonte: http://br.greenvana.com/Produto/Inovacao/Solares/Importado/Sun-Jar-Luminaria-Solar.aspx

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

África Austral: Aqüíferos subutilizados

Por Miriam Mannak, da IPS




Johannesburgo, 16/06/2009 – Apesar do importante papel que pode desempenhar a água subterrânea para aliviar a pobreza, melhorar a segurança alimentar e contribuir com o desenvolvimento geral da África austral, a falta de habilidades, fundos e consciência sobre o recurso faz com que se aproveite uma porcentagem ínfima. “Embora a África austral se orgulhe de seus fornecimentos de água subterrânea, e apesar da elevada demanda, apenas se extrai uma pequena quantidade”, disse Karen Villholth, especialista do Departamento de Hidrologia da Dinamarca. Não há certeza sobre o tamanho das reservas de água subterrânea da região, entretanto, segundo Villholth, esses aqüíferos são suficientemente grandes para o uso domestico, beber e a agricultura em pequena escala.
Os aqüíferos da África austral não são capazes de sustentar enormes projetos de irrigação como os que se encontram, por exemplo, na Ásia austral, onde 60% da terra agrícola são irrigados com água subterrânea”, explicou Villholth. Os números do Programa de Água Subterrânea da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) mostram que, para cerca de um terço dos habitantes dessa região, os aqüíferos constituem a fonte de fornecimento hídrico formal ou melhorado. Mas os restantes 40% dependem de fornecimentos hídricos pouco confiáveis, sejam subterrâneos ou superficiais, que são vulneráveis às enfermidades e à seca.
Um fornecimento inadequado de água afeta profundamente a vida das pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a carga global de doenças poderia baixar em 10% apenas melhorando o acesso da população à água potável. A cada ano a diarréia mata 1,4 milhão de crianças no mundo. No informe de 2008 da OMS intitulado “Água mais segura, melhor saúde: custos, benefícios e sustentabilidade das intervenções para proteger e promover a saúde”, essa agência diz que quase metade de todas as mortes ligadas à água, ao saneamento e à higiene na República Democrática do Congo era causada por doenças diarréicas.
As camadas freáticas poderiam abastecer muitos dos cem milhões de pessoas que carecem de água na África austral, se não fossem vários obstáculos, disse Villholth. “Primeiro de tudo, a água subterrânea é invisível, e, portanto, muitas pessoas não estão conscientes de sua existência. Tendem a olhar para o que está na superfície”, acrescentou. Um dos culpados é a escassez de dados hidrológicos da África austral. “A região da SADC tem 20 aqüíferos transfronteiriços. Pode haver mais fontes, mas nesta fase é tudo o que sabemos”, disse Philip Beetlestone, gerente do Projeto de Manejo de Água Subterrânea e Seca do bloco, no Diálogo da Água, realizado no final de maio em Johannesburgo.
No documento “Desafios para o manejo de aqüíferos transfronteiriços na região da SADEC”, Beetlestone diz que se prefere a água superficial à subterrânea porque a segunda não se vê e é “difícil de quantificar”. Tanto as comunidades quanto as estruturas políticas e os meios se centram na água superficial, acrescentou. Por sua vez, Imasiku Nyambe, coordenador do Centro de Manejo Integrado de Recursos Hídricos na Universidade de Zâmbia, disse que as comunidades e os políticos passam por lato quanto ao valor dos fornecimentos de água subterrânea. “Muitas partes da SADC carecem de uma liderança regional e local em relação a investir em infra-estrutura para a água subterrânea. No ano passado, o governo de Zâmbia gastou 3% de seu orçamento” nesse item, destacou. “Neste ritmo, Zâmbia se manterá subdesenvolvida para sempre. O desenvolvimento e o acesso à água seguem de mãos dadas”, assegurou.
O diretor de Infra-estrutura e Serviços da SADC, Remigius Makumbe, disse que foram dados passos para conscientizar os governos de que é necessário explorar as opções que a água subterrânea proporciona. “Estamos organizando fóruns parlamentares onde reunimos legisladores e apresentamos temas como a água subterrânea. Durante esses painéis damos informações, que eles compartilharão com seus colegas ao regressarem”, explicou.
Segundo Ole Houmǿller, conselheiro regional da Agência Dinamarquesa para o Desenvolvimento Internacional junto à SADC, há vários motivos pelos quais se deveria considerar a água subterrânea como fonte principal desse líquido. “Primeiro de tudo, está ali, bem abaixo dos nossos pés, e tem algumas qualidades boas: é segura e já está em uma reserva, assim não é preciso construir represa. E, comparada com a água de superfície, a subterrânea não é muito propensa à contaminação. Isto a torna mais barata, já que requer menos tratamento e purificação”, afirmou.
Além de uma inadequada coleta e disponibilidade de dados, e do fato de a água subterrânea não ser apreciada como deveria, Phera Ramoeli, diretor da divisão hídrica da SADC, disse que o desenvolvimento de infra-estrutura para seu aproveitamento encontra obstáculos em impedimentos econômicos. “Para ter acesso à água subterrânea é preciso fazer um poço, e para retirar a água até a superfície, se necessita de uma bomba. Na África, muitas pessoas não podem se dar esse luxo”, disse Ramoeli à IPS. Segundo Ebenhard Braune, presidente de geohidrologia da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na Universidade do Cabo Ocidental, na Ásia austral “as nações se beneficiam tremendamente da disponibilidade de bombas e equipamentos de perfuração chineses, que são baratos. Mas, este não é o caso da África”, acrescentou.
Isto pode ser conseqüência do fato de a Ásia austral ser mais lucrativa para os produtores de bombas para extração de água. “Na África, 5% da terra são irrigados com água subterrânea, enquanto em países como a Índia isto representa 70%. E esta porcentagem está aumentando”, disse Villholth. Além disso, o desenvolvimento e a exploração do fornecimento de água subterrânea na África austral encontra obstáculo na falta de capacitação. “Fazer um poço exige habilidades especializadas. É preciso sber onde perfurar e até que profundidade é preciso ir para encontra água. Também se deve ter conhecimento sobre camadas subterrâneas e exige pessoas que mantenham e reparem a infra-estrutura”, acrescentou.
Estas habilidades são difíceis de encontrar na África, disse Kevin Pietersen, especialista da Comissão Sul-africana de Pesquisadores Hídricas. Em seu próprio país, “metade dos postos disponíveis para geohidrologistas e geotecnólogos no setor da água publica estão vagos”, afirmou. “Uma das razões é que muitos formados entram para as empresas privadas, onde os salários são mais altos. Além disso, pelo mesmo motivo, entre 20% e 30% abandonam o país”, acrescentou. IPS/Envolverde.

(Envolverde/IPS)
Em: 16/06/2009 - 10h06

http://www.envolverde.com.br/?materia=59691&edt=1


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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A ÁGUA NO LIMITE


Revista Envolverde em 19/01/2009 - 11h01
Por Daniela Estrada (correspondente da IPS)
http://www.envolverde.com.br/?materia=55502




Santiago, 19 de janeiro (Terramérica) - Em matéria hídrica, "a humanidade não tem consciência do perigo a que está submetida e vai agir somente em situações-limite. A má notícia é que esses limites se aproximam", disse ao Terramérica Manuel Baquedano, presidente do não-governamental Instituto de Ecologia Política. Baquedano estará a cargo de um dos painéis da conferência "Fazer a paz com a água", que acontecerá dias 12 e 13 de fevereiro na sede do Parlamento Europeu, em Bruxelas, organizada pelo Fórum Político Mundial, presidido pelo ex-líder soviético Mikhail Gorbachov (1985-1991). Na conferência será discutido o rascunho do Protocolo Mundial da Água, que se pretende incluir nas negociações internacionais sobre o tratado que substituirá, em 2013, o Protocolo de Kyoto (1997).


O Terramérica conversou com o ambientalista chileno de 59 anos, um sociólogo formado pela Universidade Católica de Lovaina e autor do livro "Sua pegada ecológica" (2008).


TERRAMÉRICA: Com surgiu a proposta do Protocolo Mundial da Água?
MANUEL BAQUEDANO: Tem um longo período de maturação, já que recolheu todas as demandas em relação à água emanadas dos fóruns mundiais e da Assembléia Mundial da Água (para Representantes Eleitos e Cidadãos, do Parlamento Europeu). Isso se traduziu em um diagnóstico sobre a situação mundial da água e da necessidade de regular um bem escasso, que deveria ser patrimônio comum da humanidade, mas que em alguns países, como o Chile, é privatizado. A humanidade pode viver sem petróleo, mas não sem água. Todo o mundo fala da crise climática e dos problemas de energia. O segundo componente vital desta trilogia será a água.
TERRAMÉRICA: Pode adiantar algo sobre o rascunho do Protocolo que será debatido em Bruxelas?
MB: O objetivo de redigir este Protocolo é criar uma pré-negociação entre Estados. É um processo longo. Pessoalmente, não em nome da organização, calculo que vai demorar de 12 a 15 anos para que os Estados o aceitem. Portanto, o objetivo é que seja inscrito na agenda a ser negociada no período 2010-2012, com vistas a um acordo pós-Kyoto, em 2013. Estamos buscando um pacto público intergovernamental sobre a água.
TERRAMÉRICA: A seu ver, quais serão os temas mais críticos do Protocolo?
MB: Primeiro, declarar a água como bem público universal. Segundo, criar uma autoridade mundial que a regule e que os Estados assumam o controle da água.
TERRAMÉRICA: Como serão restringidos os interesses empresariais?
MB: Propomos uma autoridade mundial da água, que estaria coordenada com a Organização das Nações Unidas e que velaria pela parte normativa e judicial, em termos de resolução de conflitos e sanções. Buscamos coordenar os interesses privados e os públicos relativos ao uso da água. Nesse contexto, não temos problemas quanto a entregar concessões (a particulares) para seu uso e tratamento, mas não aprovamos a entrega de soberania e de propriedade da água, porque esta deve ser um bem público a serviço da humanidade. Buscamos colocar limites ao uso da água como mercadoria.
TERRAMÉRICA: Que recepção espera ter na conferência de dezembro em Copenhague, onde continuarão as negociações para o tratado pós-Kyoto?
MB: Já tive uma reunião com Ricardo Lagos (presidente do Chile entre 2000 e 2006 e um dos três enviados especiais para mudanças climáticas nomeados pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon). Apresentei esta iniciativa e ele se mostrou disposto a receber as conclusões e acertar uma entrevista com Gorbachov para ver como se pode incluir a questão da água no acordo pós-Kyoto. Já foram estabelecidas as perspectivas de ligação.
TERRAMÉRICA: Quais diferenças existem entre este projeto de Protocolo da Água e iniciativas anteriores?
MB: Uma das coisas mais importantes é que o documento facilitará uma pré-negociação entre países. Na primeira conferência, em Bruxelas. estará reunida uma grande quantidade de pessoas, muito legitimadas em todos os campos: político, cientifico e social. Este documento, com esta legitimação, servirá de base para uma segunda rodada de negociações entre Estados. E, quanto tivermos uma massa crítica, levaremos as negociações à ONU. Agora, por que um status particular para a água? Porque é um elemento vital e, se seu uso não for regulamentado, será fonte de conflitos maiores. Se hoje as guerras são pelo petróleo, no futuro serão pela água. Se temos uma cultura de paz e queremos nos adiantar aos grandes conflitos que a humanidade vai enfrentar, temos que deixar avançar o processo de regulamentação do uso da água.
TERRAMÉRICA: A América Latina é uma região estratégica em matéria de reservas de água doce. Com avalia sua proteção?
MB: É uma região estratégica porque tem aqüíferos (águas subterrâneas), rios muito grandes, como o Paraná e o Amazonas, e geleiras. É abundante em água, que está ameaçada. Vejo os governos preocupados em dar à população acesso à água. O que não vejo muito é uma distribuição mais eqüitativa de seu uso e uma proteção, direta ou indireta. Por exemplo, o derretimento de geleiras é um fenômeno mundial, mas no Chile e países andinos ainda não se assume a gravidade da situação. Não vejo políticas de conservação, prevenção, coleta de água no sentido de criar novas infra-estruturas que permitam utilizá-la melhor. Se isso continuar, milhões de seres humanos ficarão sem sustento de vida.

LINKS:
Água limpa e sem sal no nordeste do Brasil
http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=68
Aquífero paraguaio sangra pela ferida
http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=124
Nova briga pela água
http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=168
Instituto de Ecologia Política
http://www.iepe.org/
Fórum Político Mundial, em inglês
http://www.theworldpoliticalforum.org/


Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.


© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Projeto Água Quente na Escola



Utilizando materiais que seriam descartados na natureza, o Prof. Paulo A. Weffort desenvolveu um sistema de aquecimento de água autônomo, com baixo custo e que utiliza energia limpa (solar).


Materiais envolvidos: Garrafas "PET" (de refrigerantes), embalagens de leite "longa vida", tubos de PVC e tinta preta. Esse é o material básico, afinal, um dos objetivos do projeto é que ele tenha o menor custo possível, para que possa ser utilizado por qualquer camada da sociedade, no entanto, outros materiais, de qualidade superior, podem ser utilizados - como canos de cobre, etc.


Montagem: O coletor de energia solar é montado em placas de 1 metro quadrado aproximadamente. Cada placa é montada através de um processo simples, porém muito cuidadoso, tendo autonomia para aquecer o equivalente ao consumo de um adulto. As garrafas são cortadas de forma que se encaixem perfeitamente umas nas outras, em fileiras de cinco garrafas. Dentro das mesmas, embalagens de leite longa vida pintadas de preto (para absorver o calor), localizadas logo abaixo do cano de PVC de 1/2″, também pintado de preto, por onde a água circula.


Funcionamento: É muito simples. O sistema é o mesmo dos aquecedores solares produzidos industrialmente, conhecidos tecnicamente como termo-sifão. A diferença está no material utilizado. As garrafas PET, embalagens longa vida e alguns metros de canos de PVC são utilizados para confeccionar o painel que serve para a aquecer a água. As embalagens são recortadas e os canos são pintados de preto para absorver a energia solar e transformá-la em calor.
O sistema é montado de forma que o tanque reservatório de água fique acima do captador de luz (energia), criando o desnível necessário para que a água se desloque para o sistema de aquecimento, pela força da gravidade. Ao atingir os canos do aquecedor, a água exposta ao sol é aquecida gradativamente e, devido à mudança na sua densidade, vai subindo pelos canos. Por sua vez, a água fria toma seu lugar na parte mais baixa do sistema, empurrando a água aquecida para cima e fazendo-a deslocar para o tanque. Como a água quente chega ao reservatório pela parte de cima e a água fria sai por baixo, ocorre uma separação natural de águas, dada à diferença de densidade. A água quente não utilizada no reservatório, ao esfriar, irá descer novamente para o sistema de aquecimento, fechando assim o ciclo.


Economia e Ecologia: Este é um sistema de aquecimento ecológico, que tem uma vida útil de aproximadamente 200 anos - tempo para que os materiais utilizados sejam degradados pela natureza. Durante dias ensolarados, entre 10h e 16h, a água aquecida pode atingir 58 graus centígrados, garantindo banho quente para toda a família. Com 200 embalagens longa vida e 200 garrafas PET, pode ser confeccionado um equipamento com capacidade para esquentar água para o banho de quatro pessoas.
A redução no consumo de energia é outro fator importante. Muito recomendado, inclusive, para aquelas instituições sem fins lucrativos, que precisam administrar seus recursos de forma responsável. Cerca de 40% de economia é gerada em água e energia elétrica.

Fonte: Postado em 20 de agosto de 2007 no Blog do Centro Estadual de Educação Supletiva Profª Cecília Dultra Caram, de Ribeirão Preto, http://ceciliacaram.blogspot.com/2007/08/profpaulo-constri-aquecedor-solar.html

terça-feira, 10 de junho de 2008

Histórico dos Recursos Hídricos - II


O Clube de Roma

É formado por um grupo de pessoas ilustres que se reunem para debater um vasto conjunto de assuntos relacionados à política, economia internacional e, sobretudo, ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.
Foi fundado em 1968 por Aurelio Peccei, industrial e acadêmico italiano e Alexander King, cientista escocês.
Tornou-se um grupo muito conhecido em 1972 devido à publicação do relatório elaborado por uma equipe do MIT, contratada pelo Clube de Roma e chefiada por Meadows, intitulado "Os Limites do Crescimento", que vendeu mais de 30 milhões de cópias em 30 idiomas, tornando-se o livro sobre meio ambiente mais vendido da história.
O referido Relatório tratava essencialmente de problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da humanidade tais como: energia, poluição, saneamento, saúde, meio ambiente, tecnologia, crescimento populacional, entre outros.
Utilizando modelos matemáticos o MIT chegou a conclusão que o Planeta Terra não suportaria mais o crescimento populacional devido à pressão sobre os recursos naturais e energéticos e o aumento da poluição, mesmo considerando o avanço das tecnologias.
O atual presidente do grupo é o Príncipe El Hassan bin Talal da Jordânia. Outros membros ativos são Benjamin Bassin, a Rainha Beatriz dos Países Baixos, Juan Luis Cebrian, Orio Giarini, Talal Halman, Javier Solana, Mugur Isărescu, Kamal Hossain, Esko Kalimo, Ashok Khosla, Martin Lees, Roberto Peccei, Maria Ramirez Ribes, Victor A. Sadovnichy, Adam Schaff, Majid Tehranian, Raoul Weiler, Anders Wijkman, e Mikhail Gorbachev.
Fontes:
e o Site Oficial do Clube de Roma:

segunda-feira, 26 de maio de 2008

OS MISTÉRIOS DA ÁGUA


Nenhum cientista ficou surpreso ao saber que Pauling pesquisava a água, fato que teria espantado provavelmente os leigos. Pauling recebeu duas vezes o Prêmio Nobel, uma vez pela paz, e a segunda por seus trabalhos de química. Ele fundou o grupo Pugwash, organização que reúne os maiores pesquisadores do mundo. Que diabo pensa consigo o leigo: O que um cientista dessa estatura vai procurar nesse elemento superconhecido que é a água? Pauling indagava simplesmente por que a água ferve a 100 graus centígrados: o ponto de ebulição dos corpos varia com o seu peso molecular; o propano, por exemplo, cujo peso molecular é de 44, ferve a 42 ºC, e a água, com seu peso molecular de 18, deveria ferver a 26 ºC. Qual razão dessa anomalia?
Esse líquido honesto guardou durante muito tempo seu segredo.
Para Tales de Mileto e Empedócles, a água era um dos quatro elementos da natureza. Outros autores antigos afirmavam - e provavam - que ela se transformava em terra após haver fervido. Isso decorria de um pequeno erro na experiência eles ferviam a água em recipientes de vidro, de sorte que uma quantidade ínfima de silicato alcalino se dissolvia e permanecia no fundo do frasco após a evaporação. Esse resíduo era terroso. Lavoisier apontou esse erro experimental em 1773.
Oito anos mais tarde, Cavendish obtinha água queimando o hidrogênio, e foi por esse razão que Watt imaginou que a água era uma mistura de hidrogênio e de "flogistica" - uma substância hipotética que explicava a combustão dos corpos. Finalmente, em 1783, Lavoisier descobriu que a água era uma mistura de hidrogênio e de oxigênio, embora tenha se enganado com as proporções. Guilhotinado durante a Revolução Francesa, ele não teve tempo de corrigir seus cálculos. Faltava resolver ainda o problema da ebulição anormal. Pauling porventura sabia, ao iniciar suas pesquisas, o que iria encontrar? Esse é o segredo da pesquisa científica quando a intuição - ou quem sabe, a adivinhação - lança experiência e deduções em caminhos desconhecidos. Não entraremos nos detalhes a respeito dos trabalhos de Pauling, base de uma nova ciência. Diremos apenas que ele descobriu que as cargas - positivas e negativas - de cada molécula de água não se neutralizavam. E que cada uma das moléculas possuía dois pólos.
Foi nesse dia que o homem penetrou na intimidade da água. Finalmente tinha chegado sua vez... Pauling demonstrou ainda que as moléculas da água, pelo fato de serem bipolares, reuniam-se em "grupos":
Foi Bernal quem realizou o estudo desses grupos.
Alguns anos mais tarde, os austeros membros da Academia Real de Londres ficaram um tanto surpresos quando viram seu ilustre colega subir no estrado carregando alguns barris extremamente pesados. Bernal explicou-lhes que alguns barris continham objetos em forma de triedro, de octaedro, de tetraedro etc., e que o último barril estava cheio de objetos da mesma natureza embora de forma pentaédrica (de cinco faces). Bernal abriu em seguida os barris e os inclinou.
Os primeiros conservaram obstinadamente o seu conteúdo, que escorria lentamente do barril cheio de pentaedros...
- Isso explica - disse Bernal - por que água corre. Os "grupos" descobertos por Pauling formam sua simetria da ordem de 5, como a estrela de pontas cujos eixos da simetria se cortam. Esse "grupos" reúnem cinco moléculas numa pirâmide de base quadrangular.
O homem sabia, agora, como era feita a água. Mas contam que no final dessa comunicação, alguns membros da Academia Real lembraram que nosso corpo contém 60% de água, que possuímos cinco dedos, que as flores apresentam uma simetria baseada no número cinco, que a estrela-do-mar tem cinco pontas, que não existe cristal cuja simetria seja baseada no número cinco, nem de núcleo atômico estável com cinco partes. Será que essa simetria da ordem de 5, presente em alguns casos, ausente em outros, não teria um significado muito geral?
Foi então que os cientistas ficaram conhecendo as experiências de Piccardi. Esse pesquisador italiano, membro de importantes organizações cientificas, autor de estudos muito considerados entre seus colegas, surpreendeu-se ao constatar que o resultado de numerosas experiências variava segundo a data em que era realizada. Isso era algo absolutamente incompreensível, cientificamente inadmissível, uma vez que em todas as datas a experiência era realizada em condições rigorosamente semelhantes.
Piccardi pesquisou durante 11 anos, realizou milhares de experiências, descobriu regularmente algumas diferenças aberrantes e formulou a seguinte hipótese de trabalho:
"Uma vez que somente a data varia, é de supor que "algo" se produz em cada experiência, que uma força intervém, que não é a mesma em março e em setembro, e modifica os processos e os resultados de minhas experiências, realizadas, quanto ao mais, exatamente da mesma maneira".
Que força podia ser essa? Piccardi lembrou-se então que a Terra gira em torno do Sol que, durante esse tempo, dirige-se para a constelação de Hércules. Uma vez que ela gira em torno de um objeto - o Sol - que por sua vez se desloca, nossa Terra descreve necessariamente um movimento helicoidal através do espaço.
Ao descrever esse movimento, ela se apresenta diferentemente, em diversas datas, em relação à Via Láctea.
- Se existirem campos de força na Via Láctea - observou Piccardi - eles atingirão diferentemente a Terra em cada data, e sempre da mesma maneira todos os anos, já que nosso movimento helicoidal é mais ou menos regular. A intervenção dessas forças, mais ou menos intensas, diferentes segundo o momento, explicaria as diferenças nos resultados das experiências realizadas nas mesmas condições - com exceção das datas.
A hipótese era sedutora. Mas existiriam de fato esses campos de força da Via Láctea?
Antônio Giao, reunindo as experiências de Piccardi e as equações de Einstein, provou posteriormente a existência dos campos de forças galáxicas...
A hipótese de Piccardi, aceita cientificamente, era de qualquer modo a única explicação o possível para as diferenças encontradas nos resultados das experiências...
Restava saber como essas forças galáxicas operavam. Sem entrar em detalhes extremamente complexos, basta saber que de 1951 a 1960 mais de 250 mil experiências foram realizadas por diversos cientistas do mundo inteiro, que analisaram e compararam os resultados das experiências levadas a efeito de Madagascar às ilhas Kerguelen, do Japão à Antártida, em toda parte onde operavam as forças galáxicas recentemente descobertas...
A resposta chegou finalmente: as forças galáxicas operavam por intermédio da água. Grosseiramente falando, elas fazem girar e deformam as pirâmides de cinco faces e base retangular que unem as moléculas bipolares e formadoras da água - conforme provaram as experiências de Pauling e de Bernal.
Essa descoberta nos abre um domínio infinito. Porque nosso sangue, nosso organismo, os animais, as plantas da terra - tudo é feito de água. Se for comprovado que as moléculas dessa água onipresente se deformam em certas datas, quantos problemas novos não se apresentarão aos pesquisadores?
Sem mencionar a influência hipotética das configurações astrais, devemos reconhecer que as pessoas nascidas sob o signo de Escorpião não foram influenciadas da mesma maneira pelas forças galáxicas que aquelas que nasceram sob o signo de Touro - isto é, no momento em que foram concebidas e durante a vida intra-uterina, período em que o organismo é especialmente sensível. Isso indica que os astrólogos primitivos já haviam suspeitado alguma coisa do invisível...
Mais concretamente, toda a física, toda a química, toda a biologia e mais longe ainda, todo o conhecimento humano incluindo o de suas sociedades e da política, devem ser repensados levando em conta as descobertas de Pauling, Bernal, Piccardi e Giao, os quais descobriram como a água era feita, que ela servia de intermediário entre as forças galáxicas e tudo que vive na Terra, que seus grupos pentaédricos, sensíveis a essas forças, tinham a capacidade de armazenar e transmitir sua energia.
Ocorreu ao Dr. Ménétrier - as pesquisas se processavam ao mesmo tempo em diversas disciplinas, como costuma acontecer - diluir na água partículas de ouro e de cobalto ionizados. A solução era composta de partículas infinitamente pequenas, imperceptíveis. O Dr. Ménétrier utilizou em seguida essa água como medicamento: ela curava! Temendo o efeito da auto-sugestão (é possível adormecer uma pessoa que sofre de insônia dizendo-lhe que a água pura que ela bebe contém um sonifero), ele recomeçou suas experiências. E constatou que os remédios que continham uma quantidade tão pequena de ouro e de cobalto ionizados, que a análise mais cuidadosa não conseguia descobrir, agiam realmente sobre o organismo! Será que essa experiência fazia justiça finalmente a Hahnemann, o médico que foi obrigado a fugir da Alemanha por ter inventado a Homeopatia e feito concorrência a seus colegas alopatas? Faltava ainda explicar o fenômeno. Foi o que Boivin e Jacques Bergier tentaram fazer:
"E provável - pensaram eles - que essas pirâmides pentaédricas da água se orientem em torno da substância diluída em quantidades ínfimas, "copiam-na", "imitam-na" e operam como ela. Isso explicaria as curas incompreensíveis".
Jacques Bergier realizou em seguida uma experiência para verificar sua hipótese: dissolveu substâncias fluorescentes na água, tornou a dissolvê-las e recomeçou o mesmo processo até chegar ao ponto em que a dose delas era tão fraca que pareciam inexistentes. Iluminou depois essa água com raios ultravioleta: ela se tornou mais fluorescente do que a água de torneira ou a água destilada, que nunca tinham "visto" essas substâncias. Outras pesquisas estão sendo realizadas atualmente.
Bernal, que descobriu as pirâmides pentaédricas da água, recebeu um dia em seu laboratório a visita de Boris Deryagin, físico soviético cujos trabalhos, com seus resultados surpreendentes, tinham sido freqüentemente contestados no Ocidente. O cientista russo trazia consigo um pequeno tubo de ensaio cheio de um líquido desconhecido. Bernal analisou o conteúdo: era simplesmente água, ou antes um líquido extraído da água. Mas essa substância tinha urna densidade muito superior (40%) à da água comum, diferente da densidade da água pesada. Era necessária uma temperatura de 200 graus centígrados para fazê-la ferver; seu vapor, que podia ser aquecido até 800 ºC não dava água comum ao se esfriar, e ela não se transformava nunca em gelo; ela se tornava vidrosa à temperatura de apenas menos 50 ºC. Bernal aprofundou sua análise: o peso molecular desta água não era 18, mas 72. Em outras palavras, cada uma de suas moléculas era a associação de quatro moléculas da água comum... Esse fato, que apaixonou os cientistas, interessa a todos nós. Sabemos que alguns cientistas estudam a possibilidade de congelar o homem, hiberna-lo à temperatura de menos 40 centígrados e no momento propício; aquecê-lo e fazê-lo reviver...
Infelizmente, essa operação é irrealizável no momento aos 60% de água que contém nosso organismo: ao gelar, essa água ocupa um volume maior, arrebentando os vasos capilares e matando o paciente. Ora, a água de Deryagin não gela nunca... Se fosse possível, no entanto, substituir a água de um indivíduo pela água de Deryagin nossa congelação (ou congelamento) seria praticável, seguida de um aquecimento posterior e de uma volta à vida. É fácil perceber os domínios que se abrem graças a essa descoberta.
Abandonando essas fronteiras da pesquisa, voltemos à água comum. Sabemos que, natureza, ela segue um circuito complicado: ao sair da terra, torna-se um filete d'água, riacho, rio, açude, lago e, finalmente, oceano. O sol a aquece, seu vapor sobe na atmosfera onde ela se carrega de ozônio, volta sob a forma de chuva, de neve ou de granizo, e o ciclo recomeça. Lembremos que Leonardo da Vinci havia pressentido esse fenômeno e que a água da chuva é um verdadeiro remédio. Mas nós vivemos hoje longe da natureza e bebemos água da torneira que não tem nada a ver com a água da chuva: é uma água regenerada, arejada, filtrada, tratada. Ela já serviu seis ou sete vezes. Foi limpa de suas substancias tóxicas ou simplesmente nocivas e nós a absorvemos sem nos causar nenhum mal.
Convém admitir, entretanto, que as opiniões variam a esse respeito. Alguns afirmam que a água clorada é prejudicial. Mas o contrário foi provado, a menos evidentemente que a quantidade de cloro não seja exagerada... Se Marselha por exemplo, não sucumbiu ao tifo antes de suas novas instalações de tratamento da água, foi por que a quantidade de cloro da água potável chegou ao máximo tolerável. E essa medida era necessária: a água chegava à cidade por um canal aberto onde todos os rebanhos da Provença iam beber - o que não seria muito grave - e fazer ainda outras coisas, e os amantes da pesca não conheciam melhor pesqueiro do que a saída da antiga estação de tratamento. Podem imaginar qual era o alimento das carpas pescadas nesse local! O cloro salvou Marselha de suas águas poluídas e de suas águas de poço. Não há dúvida portanto que a água tratada das cidades inofensiva ao organismo. Seu único inconveniente, de ordem psíquica: não são todas as pessoas que gostam de saber para que serviu a água que bebem... Um outro aspecto do problema, saber se temos necessidade de uma água quimicamente pura. Nosso organismo não necessita ingerir uma água que contenha alguns microrganismos?
Os criadores de peixes vermelhos sabem disso por experiência: eles recolhem a água da chuva, envelhecem-na em frascos colocados em cima das janelas e depois a despejam nos aquários. Os peixes delicados vivem melhor com esse tratamento. A água envelhecida, que eles engolem e respiram, possui certamente animaizinhos microscópicos, micróbios inofensivos, e talvez oxidações necessárias à sobrevivência deles. Será que o mesmo não ocorre conosco?
Todo o problema de nossa civilização depende disso. Foi provado que um indivíduo que só come produtos absolutamente assépticos, que só bebe destilada, que só respira um ar isento de impurezas, é mais sensível às doenças do que seu avô, que tomava menos precauções para comer, beber e respirar. E isso por uma razão muito simples: seu organismo não produz os anti-corpos indispensáveis à luta contra os micróbios portadores de doenças...
Esse fato coloca, por sinal, um problema curioso, que foi admiravelmente exposto por Asimov no seu livro "New Intelligent Manus Guide to Science", onde colhemos numerosas informações. Foi constatado que se colocarmos uma quantidade bem pequena de fluoretos na água que bebemos, ocorre um efeito de catálise que impede as cáries dentárias. Segundo os cálculos feitos, essa garantia absoluta custaria apenas 25 cents por americano por ano. Ora, os mesmos norte-americanos gastam todos os anos 500 milhões de reais nos seus dentistas, o que é muito, sem falar nos incômodos e no sofrimento dos tratamentos dentários.
Seria natural, por conseguinte, que a América do Norte colocasse a quantidade recomendável de flúor nos seus reservatórios de água. Essa operação, no entanto, mostrou-se irrealizável: 27 milhões de americanos declararam-se a favor da medida, enquanto 27 milhões votaram contra, apoiados por uma comissão nacional de luta contra a fluorização extremamente ativa. Teriam sido influenciados nisso pelos dentistas que temiam perder seu ganha-pão? De forma alguma. Os que condenaram a fluorização da água, proteção absoluta contra a cárie dentária, apresentaram dois argumentos:
O primeiro, bastante surpreendente: essa operação - explicaram eles - teria efeitos psíquicos desastrosos; ela embruteceria o americano e poderia mesmo torná-lo estéril! Alguns chegaram a afirmar que a campanha da fluorização era de origem e inspiração soviética, e que fazia parte de uma conspiração para destruir os Estados Unidos... Seria preciso dizer que nenhum dado científico comprova essa opinião?
O segundo argumento coloca um problema fundamental: o governo não tem o direito - afirmaram os 27 milhões de americanos contra o flúor - de impor uma água tratada quimicamente, por maiores que sejam as vantagens possíveis desse tratamento.
Parodiando Moliére, poderíamos emprestar-lhes essa frase: "O que vocês têm que ver com minha dor de dente?"
Essa posição, aliás, não é nova: ela se parece com a dos "antivacina" que criticaram Jenner quando ele descobriu a imunização contra a varíola, e cujos descendentes ideológicos continuam a condenar toda espécie de vacina. Defender as pessoas contra a vontade deles. Isso merece reflexão: a sociedade tem o direito de defender as pessoas contra a vontade delas? Todo o problema da liberdade individual está nessa pergunta, tema especialmente delicado numa época em que as sociedades modernas controlam cada vez mais profundamente o comportamento de seus membros, em nome de decisões governamentais que nem sempre correspondem à nossa vontade pessoal, que é livre afinal para viver conforme lhe agradar se isso não causar prejuízo a outros.
Esse último aspecto do problema não deve encobrir o essencial, que é dramático: consumimos água em quantidades cada vez maiores, seja para nossas "necessidades domésticas", seja em nossas indústrias, e muito em breve - num momento que pode ser calculado - mais água em quantidade suficientemente na Terra.
É verdade que algumas obras imensas de aproveitamento da água do mar já estão sendo realizadas em alguns países, como Israel e em Kuwait, por exemplo. Mas esse processo custa terrivelmente caro...
É estranho constatar que, no momento em que o homem começou a descobrir finalmente os mistérios da água, surgem os primeiros sinais de sua falta.

Fonte: Extraído de um texto de Jean Montorsier - 1976

Disponibilizado na internet por: Reynaldo - rsmaike@yahoo.com.br
http://geocities.yahoo.com.br/rsmaike/index.html

segunda-feira, 14 de abril de 2008

LITROS DE LUZ


Cada litro que se poupa ajuda a produzir energia - nas hidrelétricas e na engenhoca do mecânico Alfredo Moser. Em 2002, em pleno apagão, o mecânico de Uberaba - MG percebeu que poderia escapar do breu pendurando no telhado de casa garrafas plásticas cheias de água.
"É uma garrafa PET de dois litros, com água limpa, e duas tampinhas de água sanitária e um potinho de filme de máquina fotográfica para proteger do sol, para não estragar a tampa", ensina seu Alfredo.
O engenheiro elétrico Clivenor de Araújo Filho mediu a intensidade de luz de cada garrafa. "Essa luminosidade equivale a uma lâmpada entre 40 e 60 watts", constata.
A idéia luminosa de seu Alfredo se espalhou pela vizinhança. A dona de casa Geralda Monteiro de Melo tratou logo de instalar as tais lâmpadas de água em casa, até no banheiro.
"O banheiro era incrível de escuro e agora está claro. Ela não tem desvantagem nenhuma. Funciona quando chove, não tem goteira", garante dona Geralda.
Aprovação também na oficina do torneiro mecânico José Marcos de Castro. A conta de luz baixou. As lâmpadas estão lá há dois anos e sem nenhuma manutenção. "É só deixar lá. Quando eu chego de manhã, já estão ligadas. À noite, desligam automaticamente", diz.
A imagem é curiosa: bicos de garrafas para fora dos telhados no bairro todo.
Sem janelas e com o orçamento apertado, a dona de casa Lídia Arapongas também fez furos no teto para sair da penumbra. "É ótimo", elogia.
Idéias simples como essas podem ajudar o planeta, mas precisam ser postas em prática com a urgência que a natureza agora impõe. Rafael e seus colegas de escola, seu Jairo e seu Alfredo já começaram a cuidar do futuro.

http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-17305-3-283127,00.html 

Ainda mais interessante que os "Litros de Luz" são os LED's (sigla em inglês para diodo Emissor de Luz), pois eles possuem a capacidade de armazenar energia solar, o que os "Litros de Luz" não possuem.
Veja mais na minha postagem no link:
http://aguanova.blogspot.com/2011/02/sun-jar-luminaria-solar.html

quinta-feira, 10 de abril de 2008

ENTRA EM VIGOR RESOLUÇÃO CONAMA SOBRE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS



Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Edição de: 08/04/2008 - 12h04
Por Redação do MMA


O Diário Oficial desta segunda-feira (7) publicou a Resolução nº 396, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências. Com a legislação, as águas subterrâneas, assim como já acontece com as águas de superfície, passam a ser classificadas de acordo com suas características hidrogeoquímicas naturais e seus níveis de poluição. A classificação visa, entre outros fins, prevenir e controlar a poluição e promover a proteção da qualidade das águas subterrâneas que, uma vez contaminadas, demandam processos lentos e onerosos para recuperação. O maior exemplo de água subterrânea são os aqüíferos, formações hidrogeológicas que armazenam e transmitem grandes quantidades de água. Um dos mais importantes aqüíferos do mundo é o Guarani, que passa pelos territórios do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Ele possui uma área estimada em 1,2 milhão de quilômetros quadrados e abriga um volume estimado de 45 mil quilômetros cúbicos de água.

De acordo com suas características hidrogeoquímicas naturais e os efeitos das ações antrópicas sobre sua qualidade, as águas subterrâneas serão enquadradas em classes de 1 a 5, além da "classe especial", reservada aos aqüíferos destinados à preservação de ecossistemas em unidades de conservação de proteção integral ou que alimentem corpos d'água superficiais também classificados como "especiais".

Para garantir a qualidade da água dentro de sua classificação, os órgãos ambientais devem promover implementação de Áreas de Proteção de Aqüíferos e Perímetros de Proteção de Poços de Abastecimento. A resolução também prevê a criação de Áreas de Restrição e Controle do Uso da Água Subterrânea, a serem implementadas em caráter excepcional e temporário quando a captação em determinados corpos de água representar risco para a saúde humana, para ecossistemas ou para os próprios aqüíferos.

A classificação foi determinada por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)na sua 89ª Reunião Extraordinária, realizada nos dias 11 e 12 de março, na sede do Ibama, em Brasília.

Fonte: http://envolverde.ig.com.br/?edt=10