quarta-feira, 11 de junho de 2008

Projeto Água Quente na Escola



Utilizando materiais que seriam descartados na natureza, o Prof. Paulo A. Weffort desenvolveu um sistema de aquecimento de água autônomo, com baixo custo e que utiliza energia limpa (solar).


Materiais envolvidos: Garrafas "PET" (de refrigerantes), embalagens de leite "longa vida", tubos de PVC e tinta preta. Esse é o material básico, afinal, um dos objetivos do projeto é que ele tenha o menor custo possível, para que possa ser utilizado por qualquer camada da sociedade, no entanto, outros materiais, de qualidade superior, podem ser utilizados - como canos de cobre, etc.


Montagem: O coletor de energia solar é montado em placas de 1 metro quadrado aproximadamente. Cada placa é montada através de um processo simples, porém muito cuidadoso, tendo autonomia para aquecer o equivalente ao consumo de um adulto. As garrafas são cortadas de forma que se encaixem perfeitamente umas nas outras, em fileiras de cinco garrafas. Dentro das mesmas, embalagens de leite longa vida pintadas de preto (para absorver o calor), localizadas logo abaixo do cano de PVC de 1/2″, também pintado de preto, por onde a água circula.


Funcionamento: É muito simples. O sistema é o mesmo dos aquecedores solares produzidos industrialmente, conhecidos tecnicamente como termo-sifão. A diferença está no material utilizado. As garrafas PET, embalagens longa vida e alguns metros de canos de PVC são utilizados para confeccionar o painel que serve para a aquecer a água. As embalagens são recortadas e os canos são pintados de preto para absorver a energia solar e transformá-la em calor.
O sistema é montado de forma que o tanque reservatório de água fique acima do captador de luz (energia), criando o desnível necessário para que a água se desloque para o sistema de aquecimento, pela força da gravidade. Ao atingir os canos do aquecedor, a água exposta ao sol é aquecida gradativamente e, devido à mudança na sua densidade, vai subindo pelos canos. Por sua vez, a água fria toma seu lugar na parte mais baixa do sistema, empurrando a água aquecida para cima e fazendo-a deslocar para o tanque. Como a água quente chega ao reservatório pela parte de cima e a água fria sai por baixo, ocorre uma separação natural de águas, dada à diferença de densidade. A água quente não utilizada no reservatório, ao esfriar, irá descer novamente para o sistema de aquecimento, fechando assim o ciclo.


Economia e Ecologia: Este é um sistema de aquecimento ecológico, que tem uma vida útil de aproximadamente 200 anos - tempo para que os materiais utilizados sejam degradados pela natureza. Durante dias ensolarados, entre 10h e 16h, a água aquecida pode atingir 58 graus centígrados, garantindo banho quente para toda a família. Com 200 embalagens longa vida e 200 garrafas PET, pode ser confeccionado um equipamento com capacidade para esquentar água para o banho de quatro pessoas.
A redução no consumo de energia é outro fator importante. Muito recomendado, inclusive, para aquelas instituições sem fins lucrativos, que precisam administrar seus recursos de forma responsável. Cerca de 40% de economia é gerada em água e energia elétrica.

Fonte: Postado em 20 de agosto de 2007 no Blog do Centro Estadual de Educação Supletiva Profª Cecília Dultra Caram, de Ribeirão Preto, http://ceciliacaram.blogspot.com/2007/08/profpaulo-constri-aquecedor-solar.html

terça-feira, 10 de junho de 2008

Histórico dos Recursos Hídricos - II


O Clube de Roma

É formado por um grupo de pessoas ilustres que se reunem para debater um vasto conjunto de assuntos relacionados à política, economia internacional e, sobretudo, ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.
Foi fundado em 1968 por Aurelio Peccei, industrial e acadêmico italiano e Alexander King, cientista escocês.
Tornou-se um grupo muito conhecido em 1972 devido à publicação do relatório elaborado por uma equipe do MIT, contratada pelo Clube de Roma e chefiada por Meadows, intitulado "Os Limites do Crescimento", que vendeu mais de 30 milhões de cópias em 30 idiomas, tornando-se o livro sobre meio ambiente mais vendido da história.
O referido Relatório tratava essencialmente de problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da humanidade tais como: energia, poluição, saneamento, saúde, meio ambiente, tecnologia, crescimento populacional, entre outros.
Utilizando modelos matemáticos o MIT chegou a conclusão que o Planeta Terra não suportaria mais o crescimento populacional devido à pressão sobre os recursos naturais e energéticos e o aumento da poluição, mesmo considerando o avanço das tecnologias.
O atual presidente do grupo é o Príncipe El Hassan bin Talal da Jordânia. Outros membros ativos são Benjamin Bassin, a Rainha Beatriz dos Países Baixos, Juan Luis Cebrian, Orio Giarini, Talal Halman, Javier Solana, Mugur Isărescu, Kamal Hossain, Esko Kalimo, Ashok Khosla, Martin Lees, Roberto Peccei, Maria Ramirez Ribes, Victor A. Sadovnichy, Adam Schaff, Majid Tehranian, Raoul Weiler, Anders Wijkman, e Mikhail Gorbachev.
Fontes:
e o Site Oficial do Clube de Roma:

segunda-feira, 26 de maio de 2008

OS MISTÉRIOS DA ÁGUA


Nenhum cientista ficou surpreso ao saber que Pauling pesquisava a água, fato que teria espantado provavelmente os leigos. Pauling recebeu duas vezes o Prêmio Nobel, uma vez pela paz, e a segunda por seus trabalhos de química. Ele fundou o grupo Pugwash, organização que reúne os maiores pesquisadores do mundo. Que diabo pensa consigo o leigo: O que um cientista dessa estatura vai procurar nesse elemento superconhecido que é a água? Pauling indagava simplesmente por que a água ferve a 100 graus centígrados: o ponto de ebulição dos corpos varia com o seu peso molecular; o propano, por exemplo, cujo peso molecular é de 44, ferve a 42 ºC, e a água, com seu peso molecular de 18, deveria ferver a 26 ºC. Qual razão dessa anomalia?
Esse líquido honesto guardou durante muito tempo seu segredo.
Para Tales de Mileto e Empedócles, a água era um dos quatro elementos da natureza. Outros autores antigos afirmavam - e provavam - que ela se transformava em terra após haver fervido. Isso decorria de um pequeno erro na experiência eles ferviam a água em recipientes de vidro, de sorte que uma quantidade ínfima de silicato alcalino se dissolvia e permanecia no fundo do frasco após a evaporação. Esse resíduo era terroso. Lavoisier apontou esse erro experimental em 1773.
Oito anos mais tarde, Cavendish obtinha água queimando o hidrogênio, e foi por esse razão que Watt imaginou que a água era uma mistura de hidrogênio e de "flogistica" - uma substância hipotética que explicava a combustão dos corpos. Finalmente, em 1783, Lavoisier descobriu que a água era uma mistura de hidrogênio e de oxigênio, embora tenha se enganado com as proporções. Guilhotinado durante a Revolução Francesa, ele não teve tempo de corrigir seus cálculos. Faltava resolver ainda o problema da ebulição anormal. Pauling porventura sabia, ao iniciar suas pesquisas, o que iria encontrar? Esse é o segredo da pesquisa científica quando a intuição - ou quem sabe, a adivinhação - lança experiência e deduções em caminhos desconhecidos. Não entraremos nos detalhes a respeito dos trabalhos de Pauling, base de uma nova ciência. Diremos apenas que ele descobriu que as cargas - positivas e negativas - de cada molécula de água não se neutralizavam. E que cada uma das moléculas possuía dois pólos.
Foi nesse dia que o homem penetrou na intimidade da água. Finalmente tinha chegado sua vez... Pauling demonstrou ainda que as moléculas da água, pelo fato de serem bipolares, reuniam-se em "grupos":
Foi Bernal quem realizou o estudo desses grupos.
Alguns anos mais tarde, os austeros membros da Academia Real de Londres ficaram um tanto surpresos quando viram seu ilustre colega subir no estrado carregando alguns barris extremamente pesados. Bernal explicou-lhes que alguns barris continham objetos em forma de triedro, de octaedro, de tetraedro etc., e que o último barril estava cheio de objetos da mesma natureza embora de forma pentaédrica (de cinco faces). Bernal abriu em seguida os barris e os inclinou.
Os primeiros conservaram obstinadamente o seu conteúdo, que escorria lentamente do barril cheio de pentaedros...
- Isso explica - disse Bernal - por que água corre. Os "grupos" descobertos por Pauling formam sua simetria da ordem de 5, como a estrela de pontas cujos eixos da simetria se cortam. Esse "grupos" reúnem cinco moléculas numa pirâmide de base quadrangular.
O homem sabia, agora, como era feita a água. Mas contam que no final dessa comunicação, alguns membros da Academia Real lembraram que nosso corpo contém 60% de água, que possuímos cinco dedos, que as flores apresentam uma simetria baseada no número cinco, que a estrela-do-mar tem cinco pontas, que não existe cristal cuja simetria seja baseada no número cinco, nem de núcleo atômico estável com cinco partes. Será que essa simetria da ordem de 5, presente em alguns casos, ausente em outros, não teria um significado muito geral?
Foi então que os cientistas ficaram conhecendo as experiências de Piccardi. Esse pesquisador italiano, membro de importantes organizações cientificas, autor de estudos muito considerados entre seus colegas, surpreendeu-se ao constatar que o resultado de numerosas experiências variava segundo a data em que era realizada. Isso era algo absolutamente incompreensível, cientificamente inadmissível, uma vez que em todas as datas a experiência era realizada em condições rigorosamente semelhantes.
Piccardi pesquisou durante 11 anos, realizou milhares de experiências, descobriu regularmente algumas diferenças aberrantes e formulou a seguinte hipótese de trabalho:
"Uma vez que somente a data varia, é de supor que "algo" se produz em cada experiência, que uma força intervém, que não é a mesma em março e em setembro, e modifica os processos e os resultados de minhas experiências, realizadas, quanto ao mais, exatamente da mesma maneira".
Que força podia ser essa? Piccardi lembrou-se então que a Terra gira em torno do Sol que, durante esse tempo, dirige-se para a constelação de Hércules. Uma vez que ela gira em torno de um objeto - o Sol - que por sua vez se desloca, nossa Terra descreve necessariamente um movimento helicoidal através do espaço.
Ao descrever esse movimento, ela se apresenta diferentemente, em diversas datas, em relação à Via Láctea.
- Se existirem campos de força na Via Láctea - observou Piccardi - eles atingirão diferentemente a Terra em cada data, e sempre da mesma maneira todos os anos, já que nosso movimento helicoidal é mais ou menos regular. A intervenção dessas forças, mais ou menos intensas, diferentes segundo o momento, explicaria as diferenças nos resultados das experiências realizadas nas mesmas condições - com exceção das datas.
A hipótese era sedutora. Mas existiriam de fato esses campos de força da Via Láctea?
Antônio Giao, reunindo as experiências de Piccardi e as equações de Einstein, provou posteriormente a existência dos campos de forças galáxicas...
A hipótese de Piccardi, aceita cientificamente, era de qualquer modo a única explicação o possível para as diferenças encontradas nos resultados das experiências...
Restava saber como essas forças galáxicas operavam. Sem entrar em detalhes extremamente complexos, basta saber que de 1951 a 1960 mais de 250 mil experiências foram realizadas por diversos cientistas do mundo inteiro, que analisaram e compararam os resultados das experiências levadas a efeito de Madagascar às ilhas Kerguelen, do Japão à Antártida, em toda parte onde operavam as forças galáxicas recentemente descobertas...
A resposta chegou finalmente: as forças galáxicas operavam por intermédio da água. Grosseiramente falando, elas fazem girar e deformam as pirâmides de cinco faces e base retangular que unem as moléculas bipolares e formadoras da água - conforme provaram as experiências de Pauling e de Bernal.
Essa descoberta nos abre um domínio infinito. Porque nosso sangue, nosso organismo, os animais, as plantas da terra - tudo é feito de água. Se for comprovado que as moléculas dessa água onipresente se deformam em certas datas, quantos problemas novos não se apresentarão aos pesquisadores?
Sem mencionar a influência hipotética das configurações astrais, devemos reconhecer que as pessoas nascidas sob o signo de Escorpião não foram influenciadas da mesma maneira pelas forças galáxicas que aquelas que nasceram sob o signo de Touro - isto é, no momento em que foram concebidas e durante a vida intra-uterina, período em que o organismo é especialmente sensível. Isso indica que os astrólogos primitivos já haviam suspeitado alguma coisa do invisível...
Mais concretamente, toda a física, toda a química, toda a biologia e mais longe ainda, todo o conhecimento humano incluindo o de suas sociedades e da política, devem ser repensados levando em conta as descobertas de Pauling, Bernal, Piccardi e Giao, os quais descobriram como a água era feita, que ela servia de intermediário entre as forças galáxicas e tudo que vive na Terra, que seus grupos pentaédricos, sensíveis a essas forças, tinham a capacidade de armazenar e transmitir sua energia.
Ocorreu ao Dr. Ménétrier - as pesquisas se processavam ao mesmo tempo em diversas disciplinas, como costuma acontecer - diluir na água partículas de ouro e de cobalto ionizados. A solução era composta de partículas infinitamente pequenas, imperceptíveis. O Dr. Ménétrier utilizou em seguida essa água como medicamento: ela curava! Temendo o efeito da auto-sugestão (é possível adormecer uma pessoa que sofre de insônia dizendo-lhe que a água pura que ela bebe contém um sonifero), ele recomeçou suas experiências. E constatou que os remédios que continham uma quantidade tão pequena de ouro e de cobalto ionizados, que a análise mais cuidadosa não conseguia descobrir, agiam realmente sobre o organismo! Será que essa experiência fazia justiça finalmente a Hahnemann, o médico que foi obrigado a fugir da Alemanha por ter inventado a Homeopatia e feito concorrência a seus colegas alopatas? Faltava ainda explicar o fenômeno. Foi o que Boivin e Jacques Bergier tentaram fazer:
"E provável - pensaram eles - que essas pirâmides pentaédricas da água se orientem em torno da substância diluída em quantidades ínfimas, "copiam-na", "imitam-na" e operam como ela. Isso explicaria as curas incompreensíveis".
Jacques Bergier realizou em seguida uma experiência para verificar sua hipótese: dissolveu substâncias fluorescentes na água, tornou a dissolvê-las e recomeçou o mesmo processo até chegar ao ponto em que a dose delas era tão fraca que pareciam inexistentes. Iluminou depois essa água com raios ultravioleta: ela se tornou mais fluorescente do que a água de torneira ou a água destilada, que nunca tinham "visto" essas substâncias. Outras pesquisas estão sendo realizadas atualmente.
Bernal, que descobriu as pirâmides pentaédricas da água, recebeu um dia em seu laboratório a visita de Boris Deryagin, físico soviético cujos trabalhos, com seus resultados surpreendentes, tinham sido freqüentemente contestados no Ocidente. O cientista russo trazia consigo um pequeno tubo de ensaio cheio de um líquido desconhecido. Bernal analisou o conteúdo: era simplesmente água, ou antes um líquido extraído da água. Mas essa substância tinha urna densidade muito superior (40%) à da água comum, diferente da densidade da água pesada. Era necessária uma temperatura de 200 graus centígrados para fazê-la ferver; seu vapor, que podia ser aquecido até 800 ºC não dava água comum ao se esfriar, e ela não se transformava nunca em gelo; ela se tornava vidrosa à temperatura de apenas menos 50 ºC. Bernal aprofundou sua análise: o peso molecular desta água não era 18, mas 72. Em outras palavras, cada uma de suas moléculas era a associação de quatro moléculas da água comum... Esse fato, que apaixonou os cientistas, interessa a todos nós. Sabemos que alguns cientistas estudam a possibilidade de congelar o homem, hiberna-lo à temperatura de menos 40 centígrados e no momento propício; aquecê-lo e fazê-lo reviver...
Infelizmente, essa operação é irrealizável no momento aos 60% de água que contém nosso organismo: ao gelar, essa água ocupa um volume maior, arrebentando os vasos capilares e matando o paciente. Ora, a água de Deryagin não gela nunca... Se fosse possível, no entanto, substituir a água de um indivíduo pela água de Deryagin nossa congelação (ou congelamento) seria praticável, seguida de um aquecimento posterior e de uma volta à vida. É fácil perceber os domínios que se abrem graças a essa descoberta.
Abandonando essas fronteiras da pesquisa, voltemos à água comum. Sabemos que, natureza, ela segue um circuito complicado: ao sair da terra, torna-se um filete d'água, riacho, rio, açude, lago e, finalmente, oceano. O sol a aquece, seu vapor sobe na atmosfera onde ela se carrega de ozônio, volta sob a forma de chuva, de neve ou de granizo, e o ciclo recomeça. Lembremos que Leonardo da Vinci havia pressentido esse fenômeno e que a água da chuva é um verdadeiro remédio. Mas nós vivemos hoje longe da natureza e bebemos água da torneira que não tem nada a ver com a água da chuva: é uma água regenerada, arejada, filtrada, tratada. Ela já serviu seis ou sete vezes. Foi limpa de suas substancias tóxicas ou simplesmente nocivas e nós a absorvemos sem nos causar nenhum mal.
Convém admitir, entretanto, que as opiniões variam a esse respeito. Alguns afirmam que a água clorada é prejudicial. Mas o contrário foi provado, a menos evidentemente que a quantidade de cloro não seja exagerada... Se Marselha por exemplo, não sucumbiu ao tifo antes de suas novas instalações de tratamento da água, foi por que a quantidade de cloro da água potável chegou ao máximo tolerável. E essa medida era necessária: a água chegava à cidade por um canal aberto onde todos os rebanhos da Provença iam beber - o que não seria muito grave - e fazer ainda outras coisas, e os amantes da pesca não conheciam melhor pesqueiro do que a saída da antiga estação de tratamento. Podem imaginar qual era o alimento das carpas pescadas nesse local! O cloro salvou Marselha de suas águas poluídas e de suas águas de poço. Não há dúvida portanto que a água tratada das cidades inofensiva ao organismo. Seu único inconveniente, de ordem psíquica: não são todas as pessoas que gostam de saber para que serviu a água que bebem... Um outro aspecto do problema, saber se temos necessidade de uma água quimicamente pura. Nosso organismo não necessita ingerir uma água que contenha alguns microrganismos?
Os criadores de peixes vermelhos sabem disso por experiência: eles recolhem a água da chuva, envelhecem-na em frascos colocados em cima das janelas e depois a despejam nos aquários. Os peixes delicados vivem melhor com esse tratamento. A água envelhecida, que eles engolem e respiram, possui certamente animaizinhos microscópicos, micróbios inofensivos, e talvez oxidações necessárias à sobrevivência deles. Será que o mesmo não ocorre conosco?
Todo o problema de nossa civilização depende disso. Foi provado que um indivíduo que só come produtos absolutamente assépticos, que só bebe destilada, que só respira um ar isento de impurezas, é mais sensível às doenças do que seu avô, que tomava menos precauções para comer, beber e respirar. E isso por uma razão muito simples: seu organismo não produz os anti-corpos indispensáveis à luta contra os micróbios portadores de doenças...
Esse fato coloca, por sinal, um problema curioso, que foi admiravelmente exposto por Asimov no seu livro "New Intelligent Manus Guide to Science", onde colhemos numerosas informações. Foi constatado que se colocarmos uma quantidade bem pequena de fluoretos na água que bebemos, ocorre um efeito de catálise que impede as cáries dentárias. Segundo os cálculos feitos, essa garantia absoluta custaria apenas 25 cents por americano por ano. Ora, os mesmos norte-americanos gastam todos os anos 500 milhões de reais nos seus dentistas, o que é muito, sem falar nos incômodos e no sofrimento dos tratamentos dentários.
Seria natural, por conseguinte, que a América do Norte colocasse a quantidade recomendável de flúor nos seus reservatórios de água. Essa operação, no entanto, mostrou-se irrealizável: 27 milhões de americanos declararam-se a favor da medida, enquanto 27 milhões votaram contra, apoiados por uma comissão nacional de luta contra a fluorização extremamente ativa. Teriam sido influenciados nisso pelos dentistas que temiam perder seu ganha-pão? De forma alguma. Os que condenaram a fluorização da água, proteção absoluta contra a cárie dentária, apresentaram dois argumentos:
O primeiro, bastante surpreendente: essa operação - explicaram eles - teria efeitos psíquicos desastrosos; ela embruteceria o americano e poderia mesmo torná-lo estéril! Alguns chegaram a afirmar que a campanha da fluorização era de origem e inspiração soviética, e que fazia parte de uma conspiração para destruir os Estados Unidos... Seria preciso dizer que nenhum dado científico comprova essa opinião?
O segundo argumento coloca um problema fundamental: o governo não tem o direito - afirmaram os 27 milhões de americanos contra o flúor - de impor uma água tratada quimicamente, por maiores que sejam as vantagens possíveis desse tratamento.
Parodiando Moliére, poderíamos emprestar-lhes essa frase: "O que vocês têm que ver com minha dor de dente?"
Essa posição, aliás, não é nova: ela se parece com a dos "antivacina" que criticaram Jenner quando ele descobriu a imunização contra a varíola, e cujos descendentes ideológicos continuam a condenar toda espécie de vacina. Defender as pessoas contra a vontade deles. Isso merece reflexão: a sociedade tem o direito de defender as pessoas contra a vontade delas? Todo o problema da liberdade individual está nessa pergunta, tema especialmente delicado numa época em que as sociedades modernas controlam cada vez mais profundamente o comportamento de seus membros, em nome de decisões governamentais que nem sempre correspondem à nossa vontade pessoal, que é livre afinal para viver conforme lhe agradar se isso não causar prejuízo a outros.
Esse último aspecto do problema não deve encobrir o essencial, que é dramático: consumimos água em quantidades cada vez maiores, seja para nossas "necessidades domésticas", seja em nossas indústrias, e muito em breve - num momento que pode ser calculado - mais água em quantidade suficientemente na Terra.
É verdade que algumas obras imensas de aproveitamento da água do mar já estão sendo realizadas em alguns países, como Israel e em Kuwait, por exemplo. Mas esse processo custa terrivelmente caro...
É estranho constatar que, no momento em que o homem começou a descobrir finalmente os mistérios da água, surgem os primeiros sinais de sua falta.

Fonte: Extraído de um texto de Jean Montorsier - 1976

Disponibilizado na internet por: Reynaldo - rsmaike@yahoo.com.br
http://geocities.yahoo.com.br/rsmaike/index.html

segunda-feira, 14 de abril de 2008

LITROS DE LUZ


Cada litro que se poupa ajuda a produzir energia - nas hidrelétricas e na engenhoca do mecânico Alfredo Moser. Em 2002, em pleno apagão, o mecânico de Uberaba - MG percebeu que poderia escapar do breu pendurando no telhado de casa garrafas plásticas cheias de água.
"É uma garrafa PET de dois litros, com água limpa, e duas tampinhas de água sanitária e um potinho de filme de máquina fotográfica para proteger do sol, para não estragar a tampa", ensina seu Alfredo.
O engenheiro elétrico Clivenor de Araújo Filho mediu a intensidade de luz de cada garrafa. "Essa luminosidade equivale a uma lâmpada entre 40 e 60 watts", constata.
A idéia luminosa de seu Alfredo se espalhou pela vizinhança. A dona de casa Geralda Monteiro de Melo tratou logo de instalar as tais lâmpadas de água em casa, até no banheiro.
"O banheiro era incrível de escuro e agora está claro. Ela não tem desvantagem nenhuma. Funciona quando chove, não tem goteira", garante dona Geralda.
Aprovação também na oficina do torneiro mecânico José Marcos de Castro. A conta de luz baixou. As lâmpadas estão lá há dois anos e sem nenhuma manutenção. "É só deixar lá. Quando eu chego de manhã, já estão ligadas. À noite, desligam automaticamente", diz.
A imagem é curiosa: bicos de garrafas para fora dos telhados no bairro todo.
Sem janelas e com o orçamento apertado, a dona de casa Lídia Arapongas também fez furos no teto para sair da penumbra. "É ótimo", elogia.
Idéias simples como essas podem ajudar o planeta, mas precisam ser postas em prática com a urgência que a natureza agora impõe. Rafael e seus colegas de escola, seu Jairo e seu Alfredo já começaram a cuidar do futuro.

http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-17305-3-283127,00.html 

Ainda mais interessante que os "Litros de Luz" são os LED's (sigla em inglês para diodo Emissor de Luz), pois eles possuem a capacidade de armazenar energia solar, o que os "Litros de Luz" não possuem.
Veja mais na minha postagem no link:
http://aguanova.blogspot.com/2011/02/sun-jar-luminaria-solar.html

quinta-feira, 10 de abril de 2008

ENTRA EM VIGOR RESOLUÇÃO CONAMA SOBRE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS



Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Edição de: 08/04/2008 - 12h04
Por Redação do MMA


O Diário Oficial desta segunda-feira (7) publicou a Resolução nº 396, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências. Com a legislação, as águas subterrâneas, assim como já acontece com as águas de superfície, passam a ser classificadas de acordo com suas características hidrogeoquímicas naturais e seus níveis de poluição. A classificação visa, entre outros fins, prevenir e controlar a poluição e promover a proteção da qualidade das águas subterrâneas que, uma vez contaminadas, demandam processos lentos e onerosos para recuperação. O maior exemplo de água subterrânea são os aqüíferos, formações hidrogeológicas que armazenam e transmitem grandes quantidades de água. Um dos mais importantes aqüíferos do mundo é o Guarani, que passa pelos territórios do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Ele possui uma área estimada em 1,2 milhão de quilômetros quadrados e abriga um volume estimado de 45 mil quilômetros cúbicos de água.

De acordo com suas características hidrogeoquímicas naturais e os efeitos das ações antrópicas sobre sua qualidade, as águas subterrâneas serão enquadradas em classes de 1 a 5, além da "classe especial", reservada aos aqüíferos destinados à preservação de ecossistemas em unidades de conservação de proteção integral ou que alimentem corpos d'água superficiais também classificados como "especiais".

Para garantir a qualidade da água dentro de sua classificação, os órgãos ambientais devem promover implementação de Áreas de Proteção de Aqüíferos e Perímetros de Proteção de Poços de Abastecimento. A resolução também prevê a criação de Áreas de Restrição e Controle do Uso da Água Subterrânea, a serem implementadas em caráter excepcional e temporário quando a captação em determinados corpos de água representar risco para a saúde humana, para ecossistemas ou para os próprios aqüíferos.

A classificação foi determinada por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)na sua 89ª Reunião Extraordinária, realizada nos dias 11 e 12 de março, na sede do Ibama, em Brasília.

Fonte: http://envolverde.ig.com.br/?edt=10

sexta-feira, 4 de abril de 2008

COMA MENOS CARNE VERMELHA

A criação de bovinos é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. Não é piada. Você já sentiu aquele cheiro pavoroso quando você se aproximou de alguma fazenda/criação de gado? Pois é: É metano, um gás inflamável, poluente, e mega fedorento. Além disso, a produção de carne vermelha demanda uma quantidade enorme de água. Para você ter uma idéia: Para produzir 1 Kg de carne vermelha são necessários 200 litros de água potável. O mesmo quilo de frango consome só 10 litros.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Águas de Março

De Tom Jobim

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mao, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é; uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguicado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Histórico dos Recursos Hídricos


O Histórico dos Recursos Hídricos revela um contexto que permite as pessoas conhecerem os eventos voltados a sustentabilidade da Água, destacando seus principais documentos resultantes deste processo, inserindo-se assim na onda civilizatória da sustentabilidade. Este histórico aborda três níveis de referência:
  • internacional;
  • nacional; e
  • local (estadual e municipal),
revelando as relações da sociedade humana com a natureza.

INTERNACIONAL

Ano: 1960
Evento: Clube de Roma - Roma / Itália.
Destaque: Primeira discussão internacional sobre a adoção de políticas envolvendo aspectos ambientais. Os critérios de uso dos recursos hídricos superficiais que, até então, eram utilizados sem nenhum tipo de regra, foram avaliados.

Ano: março de 1977
Evento: Conferência das Nações Unidas sobre as Águas - Mar Del Plata/ Uruguai.
Destaque: A Conferência das Nações Unidas sobre Água, lançou as bases para a tomada de posição da comunidade internacional em relação aos recursos hídricos, pela crescente poluição e por sua escassez em face do crescimento insustentável.

Ano: janeiro de 1992
Evento: Conferência de Dublin / Irlanda.
Destaque: - Preparatória à Conferência do Rio de Janeiro, a Conferência de Dublin sobre Água e Meio Ambiente, propôs, além do princípio de gestão integrada dos recursos hídricos, o reconhecimento do papel da mulher na gestão das águas, sua valoração econômica e os usos múltiplos da água, bem como, a gestão participativa, envolvendo os usuários, planejadores e políticos em todos os níveis.

Ano: junho de 1992
Evento: Rio' 92 - Rio de Janeiro / Brasil.
Destaque: Foi adotada a Agenda 21, a qual dedica seu capítulo 18 à "Proteção da Qualidade e do Abastecimento dos Recursos Hídricos: Aplicação de Critérios Integrados no Desenvolvimento, Manejo e Uso dos Recursos Hídricos". Todavia, a Agenda 21 é um programa de ação, não contendo elementos em si, que configuram a formação de norma internacional obrigatória.

Ano: junho de 1992
Evento: Declaração do Rio - Rio de Janeiro / Brasil.
Destaque: Cristalizou princípios referentes à responsabilidade inter e intra gerações, a proteção dos recursos naturais no combate e controle da poluição, entre outros princípios. Em seu Preâmbulo, conclama a formação de novas e equilibradas parcerias globais, através da criação de novos níveis de cooperação entre os Estados e setores chaves da sociedade, como as ONG, entre outros, bem como a adoção de acordos que respeitem os interesses de todos, a integridade do meio ambiente global e o sistema de desenvolvimento.

Ano: 1994
Evento: Conferência Ministerial e de Diplomatas sobre Água Potável e Saneamento Ambiental - Nordwijk / Holanda.
Destaque: Adotou proposta da gestão integrada dos recursos hídricos. Mais tarde, no 8° Congresso da Associação Internacional de Recursos Hídricos, foi organizada sessão especial sobre o Conselho Mundial da Água.

Ano: novembro de 1994
Evento: Assembléia Geral da Associação Internacional dos Recursos Hídricos (IWRA) - Cairo / Egito.
Destaque: Realizada durante o Congresso do Cairo, decidiu criar o Conselho Mundial da Água. Portanto, entidade criada a partir da visão corporativa de profissionais da área de recursos hídricos, congregada na Associação Internacional de Recursos Hídricos, com forte participação de representantes dos diversos segmentos de mercado e apoiada por agências das Nações Unidas, e de países desenvolvidos.

Ano:
Evento: Davos / Suiça.
Destaque: O Conselho foi criado com o propósito de ser um "Grupo de Reflexão” (Think Tank) sobre Política Internacional da Água, que consideraria a criação de Fóruns Internacionais de Água, usando como modelo o "Fórum Econômico de Davos".

Ano: 1997
Evento: I Fórum Mundial da Água, em Marrakech / Marrocos.
Destaque:- Hospedado pelo Governo do Marrocos o Fórum contou com a presença de 500 participantes de 60 países e 23 organizações, entre as quais a própria ONU e de órgãos intergovernamentais, 15 associações científicas e de profissionais e representantes de governo, setor privado e ONGs. Na ocasião, o Conselho Mundial da Água, como consta na Declaração de Marrakech, foi incumbido de preparar trabalho intitulado,"Visão sobre a Água no Mundo, Vida e Meio Ambiente no Século XXI”. Também foram estabelecidas as bases para a criação da Comissão Mundial sobre a Água no Século XXI e Estrutura para Ação e a Parceria Global da Água.

Ano: junho de 1997
Evento: Assembléia Geral das Nações Unidas - Nova Iork / EUA.
Destaque:- Importante ressaltar que esta Assembléia considerou a água como a "maior prioridade" para as atividades da Comissão para o Desenvolvimento Sustentável (CDS), durante o biênio 97/98.

Ano: março de 1998
Evento: Conferência Internacional sobre Água e Desenvolvimento Sustentável - Paris / França.
Destaque: Por ocasião desta Conferência, sob os auspícios do governo francês, foi elaborado o documento "Water in the 21st Century" (Água para o Século XXI), pelo Conselho Mundial da Água.

Ano: 2000
Evento: II Fórum Mundial da Água - Haia / Holanda.
Destaque: Contou com cerca de 6000 participantes, de todas as partes do mundo. O Brasil esteve presente, mas sua participação não foi equivalente à sua importância estratégica quanto aos recursos hídricos. Ressalve-se a posição firme do País, apoiado por Costa Rica, Paraguai e Uruguai, exigindo que a questão da água fosse discutida exclusivamente e segundo os procedimentos das Nações Unidas. As conclusões do II Fórum Mundial da Água, fortemente marcadas pelo espírito e linguagem do mercado, foram balanceadas graças à posição do Brasil.

Ano: setembro de 2000
Evento: Declaração da Cúpula do Milênio.
Destaque: Realizada durante a 55ª Sessão das Nações Unidas, a questão dos recursos hídricos está referida em especial quanto à universalização dos serviços de saneamento e água potável, com metas para 2015, ligada ao tema-chave da Cúpula, a erradicação da pobreza. Nessa mesma Declaração, a ONU determinou a reforma de sua estrutura, chamando grupos, como as ONGs, as forças de mercado, entre outros, para participarem desse esforço. Esse é um ponto importante que passa a ter reflexos nas relações e práticas internacionais, pois indica a quebra da exclusividade dos Estados e dos Organismos Internacionais enquanto únicos atores da cena mundial e, conseqüentemente, das regras de direito e práticas internacionais.

Ano: setembro de 2001
Evento: IV Dialogo Interamericano de Recursos Hídricos - Foz do Iguaçu / Brasil.
Destaque: Nos trabalhos preparatórios para a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável, entre tantos eventos relativos à gestão das águas, o Diálogo realizado em Foz do Iguaçu, teve como tema “Em buscas de soluções”, quando abordou as seguintes questões 1- Interdependências transfronteiriças e segurança ambiental; 2- Anomalias climáticas, mudanças globais e redução de vulnerabilidade de acidentes naturais; 3- Gerenciamento integrado de recursos hídricos; 4- Megacidades e gerenciamento de seus recursos hídricos. Valoração econômica de água e políticas de águas; 6- Participação pública, alternativas para disputas de conflitos e prevenção de conflitos; 7-Gerenciamento costeiro; 8-Fortalecimento e mobilização institucional; 9-Governabilidade e políticas para recursos hídricos; Água e saúde; 10- Terras úmidas e outros ambientes sensíveis; Gênero e Recursos Hídricos; 11- Gerenciamento de recursos hídricos em regiões áridas e semi-áridas e 12- Educação Ambiental.

Ano: dezembro de 2001
Evento: Conferência de Bonn sobre Água Potável / Alemanha.
Destaque: Conhecida como Dublin+10, realizada sob o patrocínio do Governo Alemão, introduziu o Diálogo Múltiplo entre Tomadores de Decisão, do qual participaram, além dos estados e organismos internacionais, as ONGs, academias, sindicatos, setor de negócios, povos indígenas, governos locais e o gênero humano. A Conferência foi precedida de consulta pública, realizada em nível mundial, graças aos recursos da internet. A Declaração de Bonn consolida, ainda, o princípio de não condicionar a processo de privatização dos serviços públicos, investimentos e financiamentos para projetos de fornecimento de água potável e saneamento.

Ano: fevereiro de 2002
Evento: II Fórum Mundial Social e o Seminário Preparatório “Um Mundo Sustentável é Possível” - Porto Alegre / Brasil.
Destaque: Realizado em Porto Alegre, onde as questões essenciais para a proteção dos recursos hídricos foram discutidas.(17)

Ano: abril de 2002
Evento: “Dialogo entre Tomadores de Decisão sobre Gestão Sustentável da Água - prioridades para estruturas políticas e melhores práticas” - Ruschlikon / Suíça.
Destaque: Realizado em Ruschlikon, a plataforma apresentada pelas ONGs tem foco na bacia hidrográfica, na proteção dos vulneráveis para acesso à água, respeitados os limites vitais, por ser o acesso à água um direito humano, e a indicação de sete passos com respeito à parceria entre os setores público e privado, quais sejam: transparência e controle democrático, aumento do acesso, em especial para os pobres aos serviços de água, melhor qualidade da água e confiabilidade no suprimento, sustentabilidade ecológica e social, eficiência; órgão colegiado regulatório forte e independente e balanço dos riscos. Propôs, ainda, uma convenção internacional sobre água potável.

Ano: Final do Século 19:
Destaque: O uso dos recursos hídricos no Brasil começou a tomar corpo a partir do final do século XIX, com o surgimento e consolidação da demanda de energia elétrica.

Ano: 1934
Evento: Código das Águas
Destaque: As atribuições e competências sobre recursos hídricos eram afetas ao Ministério da Agricultura (MA). Refletia assim a prioridade dos recursos hídricos do país, uma vocação agrícola.


Ano: A partir da década de 50
Destaque: As competências encontraram nicho específico no âmbito do setor elétrico, no Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE), órgão de administração direta do Ministério das Minas e Energia (MME), responsável por uma estratégia governamental voltada a infra-estrutura dos parques industriais.

Ano: 1963
Destaque: Inicia-se a experiência com Bacias Hidrográficas no Brasil, com os primeiros Planos de Desenvolvimento de Bacias Hidrográficas no Nordeste brasileiro, realizado pela SUDENE, com a cooperação técnica dos franceses. No ano seguinte, os franceses aprovavam a sua lei nacional de gerenciamento da água, criando o hoje famoso e copiado sistema de Agências de Bacia.

Ano: 19 de outubro de 1977
Destaque: com a organização da ABRH – Associação Brasileira de Recursos Hídricos, os estudos e debates sobre a institucionalização do Gerenciamento dos Recursos Hídricos se aceleraram.

Ano: 13 de novembro de 1987
Evento: VII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos e Hidrologia
Destaque: Carta de Salvador, emanada das discussões no Simpósio, apontava-se à necessidade de institucionalização do Sistema Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, com a participação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, divulgando a sociedade brasileira os fundamentos básicos sob os quais a gestão de recursos hídricos deve ser implantada, com a esperança de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país se faça em harmonia com o uso racional e a conservação dos recursos hídricos.

Ano: 1989
Evento: VIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos
Destaque: Carta de Foz do Iguaçu, aprovada em Assembléia Geral Ordinária realizada em 30 de novembro de 1989, em Foz do Iguaçu, na seção de encerramento do Simpósio, a Associação Brasileira de Recursos Hídricos divulga a sociedade brasileira os princípios e diretrizes do gerenciamento dos recursos hídricos.
Destaque: Os Comitês de Estudos Integrados, nos anos 70, os Consórcios Intermunicipais nos anos 80 e os Comitês de Gerenciamento nos anos 90, são as respostas às políticas Estaduais de Recursos Hídricos.

Ano: 1991
Evento: IX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos
Destaque: Carta do Rio de Janeiro - Aprovada em Assembléia Geral Ordinária realizada em 14 de novembro de 1991, durante a seção de encerramento do Simpósio, a Associação Brasileira de Recursos Hídricos divulga a sociedade brasileira que são indispensáveis o planejamento e gestão integrados, considerando as peculiaridades regionais.

Ano: 1991
Destaque: Inicia-se no país um processo dinâmico de debates, estudos e intervenções sobre gestão de recursos hídricos. Esse processo deu origem ao Projeto de lei nº 2.249, encaminhado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional em 14 de novembro de 1991. Esse projeto introduz princípios, objetivos e instrumentos para uma moderna gestão da água.

Ano: 1993
Evento: X Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos
Destaque: Carta de Gramado, aprovada em Assembléia Geral Ordinária realizada em 11 de novembro de 1993, em Gramado, na seção de encerramento do Simpósio, a Associação Brasileira de Recursos Hídricos com seu corpo associativo, contribua expressivamente para a formulação de uma política de desenvolvimento científico, tecnológico e de capacitação de recursos humanos na área de recursos hídricos.

Ano: 1995
Destaque: A responsabilidade simultânea pela política de geração de energia elétrica e pela administração/gestão de recursos hídricos por parte do setor elétrico perdurou até 1995, quando foi criado espaço administrativo específico no âmbito do Ministério do Meio Ambiente (MMA), na forma de uma Secretaria de Recursos Hídricos (SRH).

Ano: 1985
Evento: Criação do Conselho Estadual dos Recursos Hídricos (CERH)
Destaque: O processo de gerenciamento dos Recursos Hídricos no Estado de Santa Catarina mobilizou-se a partir das grandes enchentes de 1983 e 1984 no estado, principalmente no vale do Itajaí, com isso criou-se o CERH , como órgão de deliberação coletiva, vinculado ao Gabinete de Planejamento e Coordenação Geral.

Ano: No período de 1985 e 1992
Destaque: O CERH promoveu estudos de implantação de Gerenciamento de Recursos Hídricos, só que na forma setorizada de algumas bacias hidrográficas, ou seja, através de órgãos como a CASAN, Secretarias do Meio Ambiente, entre outros.

Ano: setembro de 1987
Destaque: Completam os estudo de viabilidade para construção da Usina Hidrelétrica de Campos Novos.

Ano: 1992
Destaque: Criou-se a 1ª Gerência de Recursos Hídricos, onde juntamente com o CERH, iniciaram estudos para formação de uma Política Estadual de Recursos Hídricos (PERH).

Ano: 1993
Destaque: Fica instituído pela Lei Estadual nº 9.022/93, o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, com o objetivo de implementar a Política Estadual de Recursos Hídricos e a formulação, atualização e aplicação do Plano Estadual dos Recursos Hídricos, congregando a sociedade civil, órgãos e entidades estaduais e municipais intervenientes no planejamento e no gerenciamento dos Recursos Hídricos.

Ano: 1994
Destaque: Foi criada a Política Estadual dos Recursos Hídricos (PERH), pela Lei Estadual nº 9.748/94 como instrumento de utilização racional da água compatibilizada com a preservação do meio ambiente. E com isso, começou a implantação de Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas e outros projetos foram elaborados no estado, como macrozoneamentos e ocupação de solos.

Destaque: Atualmente está sendo desenvolvido o 1º Plano de Bacias Hidrográficas, que será o “Plano Integrado da Bacia Hidrográfica do Tubarão e complexo Lagunar”, e ainda o processo de regulamentação onde deverão ser implementados os instrumentos do uso da água no estado como: outorga, cobrança pelo uso da água, enquadramento dos cursos d’água e sistema de informação.

Ano: 2000
Evento: Assinado o Protocolo de Intenções visando a elaboração da Agenda 21 Catarinense
Destaque: Assinado no dia 05 de julho, com o objetivo de oferecer diretrizes para o crescimento do Estado de Santa Catarina, visando o desenvolvimento que, além de aumentar as ofertas de bens e serviços, possa satisfazer as necessidades de grande parte da população, com baixos custos ambientais, alcançando principalmente as áreas sociais e culturais.

Ano: 2000
Evento: Criação da Comissão Executiva da Agenda 21 Catarinense
Destaque: Criada no dia 06 julho. Composta por 14 instituições, sendo 4 do terceiro setor, 2 do setor privado, 3 do setor público direto, 4 do setor público indireto e a Universidade Federal de Santa Catarina.

Ano: 2000
Evento: Constituída a Comissão Executiva AmpliadaDestaque: Foi constituída em 05 de outubro de 2000, com 34 instituições, das quais 27 estarão coordenando diretamente os trabalhos de pesquisa e composição dos diversos assuntos da Agenda 21 Catarinense. Destaque: Atualmente no Estado de Santa Catarina estão em funcionamento os seguintes Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas, em processo de mobilização ou a ser lançados, além dos consórcios intermunicipais, segundo sua data de criação:

- Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí (12/03/1998);
- Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriu (29/04/1998);
- Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão (14/10/1997);
- Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão (06/09/2001);
- Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão - Norte (23/11/1998);
- Comitê de Gerenciamento da Lagoa da Conceição (20/11/2000);
- Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe (10/08/2001);
- Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu (05/09/2001);
- Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas (05/09/2001);
- Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Canoas (05/09/2001;
- Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá (12/12/2001);
- Pró Comitê Rio Mampituba (em processo de mobilização);
- Pró Comitê Rio Iguaçu (em processo de mobilização);
- Pró Comitê Rio Jacutinga (em processo de mobilização);
- Consórcio Intermunicipal de Gestão Ambiental Participativa do Alto Uruguai Catarinense – Consórcio Quiriri;
- Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Canoinhas – Consórcio Bem-te-vi;
- Consórcio Intermunicipal de Gestão Ambiental Participativa do Alto Uruguai Catarinense - Consórcio Lambari.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Ar-condicionado ecológico

Morar em uma casa verde e usar a tecnologia como aliada na preservação dos recursos naturais. Foi esse o sonho que o engenheiro Sérgio Cordeiro cultivou durante anos. Quando resolveu se casar com a arquiteta Consuelo Jorge, a idéia saiu do papel. Planejar tudo foi mais trabalhoso do que pôr a casa em pé. "Passamos mais de um ano pensando no projeto e foram dez meses de obra", conta Sérgio.
Logo na entrada fica a parte mais visível do projeto, que transformou a água na alma da casa. Uma cascata ajuda a resfriar chapas de aço. Por trás, corre uma tubulação que leva para dentro da sala ar fresco e úmido. É um ar-condicionado ecológico, que reduz a temperatura da casa em até 5 graus Centígrados. E o melhor: tudo é feito com água da chuva.
Este é só um dos mecanismos que permitem o uso mais inteligente da água. Para o casal, o líquido que deixa as roupas mais limpas e que escorre pelos chuveiros e pelas pias de cada banheiro é precioso demais – não pode simplesmente escapar pelo ralo. A água é sempre reaproveitada.
"Toda água vai para um reservatório, é filtrada, recebe um tratamento adequado e é bombeada para cima, onde é reutilizada na bacia sanitária", explica Consuelo.
O cérebro que comanda a operação ecológica fica escondido no quintal, em um emaranhado de canos e caixas d'água. Mas Sérgio não se perde no labirinto. "A água, após o uso no chuveiro e lavatório, passa por dois filtros que ficam enterrados", conta.
A filtragem é para retirar os resíduos de sabão em pó, xampu e sabonete. Depois, a água é bombeada para uma caixa d'água exclusiva, que abastece todos os vasos sanitários da casa. Mas o reservatório maior, fechado com uma tampa branca, armazena água de chuva, para ser usada na irrigação do jardim, na cascata, na lavagem do quintal e de toda a área externa. Com isso, a conta da água caiu em 40%. E Sérgio não precisa fazer força para manter a caixa sempre abastecida.
"Em dias de chuva de verão, aquelas bem fortes, que duram em torno de 40 minutos, são colocados 20 mil litros d'água dentro da caixa. Uma única chuva enche totalmente a caixa. Essa água dura mais ou menos 25 dias", diz ele.
Olhando de fora, não parece uma solução ao alcance de todo mundo, mas Sérgio garante que há projetos para todo tipo de bolso. "Pode-se colocar uma caixa d'água próxima a um condutor que vem do telhado. Com um pouco de cloro, a água pode ser utilizada com uma bomba", diz o arquiteto.
A água da chuva também foi uma preocupação na hora de planejar um condomínio em São Paulo. Uma lei recente obriga a construção de reservatórios para conter a água da chuva. A medida é para evitar enchentes, mas os engenheiros resolveram dar um passo a mais.
"A lei nos obriga a captar uma hora ininterrupta de chuva. Depois, podemos lançar a água nas ruas. Preferimos reaproveitar a água, ou seja, ela é bombeada para uma caixa elevada e, uma vez armazenada, é utilizada em torneiras espalhadas pelas residências", explica o engenheiro Alberto du Plassis Filho.
E o sistema, para cada morador, não saiu tão caro: menos de 0,5% do valor da casa. As torneiras com água da chuva são marcadas com uma canopla verde. Um alerta para que a água da chuva não seja usada no consumo humano.
A economia não é a única satisfação dos moradores, que já aproveitam a novidade. "Não devemos esperar só das autoridades o planejamento para o uso correto da utilização da água, da luz. Acho que nós também temos que fazer a nossa parte", comenta a produtora Desirreè Sposito de Carvalho
A Sabesp, companhia de saneamento de São Paulo, já oferece água de reúso para os consumidores. Ela custa um terço do preço da água tratada, que normalmente chega às torneiras, não pode ser bebida nem usada na cozinha ou na higiene pessoal. Quem compra, basicamente, são as prefeituras para lavagem de ruas e praças e para limpar toda a sujeira deixada pelas feiras-livres.
É em tanques que a Sabesp transforma esgoto em água de reúso. Por mês, são produzidos 20 milhões de litros. A companhia poderia multiplicar por quatro o fornecimento, mas aí seria preciso construir uma rede de distribuição só para essa água reaproveitada, o que custaria caro demais.
Por isso, dizem os técnicos, a saída é fazer o reaproveitamento da água diretamente nos locais onde há grande concentração de gente, como aeroportos, escolas, prédios comerciais e empresas.
O professor Ivanildo Hespanhol, da Universidade de São Paulo (USP), é especialista em reúso de água. Ele acredita que o brasileiro precisa mudar a relação com esse bem que vai se tornar cada vez mais escasso. É necessário acabar com a cultura da abundância. Muitas empresas já perceberam isso.
"Há dez anos, a indústria não se preocupava com a água. A água era abundante, não tinha custo. Grande parte das indústrias não sabe nem onde usa água. Elas vão ter que começar a setorizar o consumo: ver onde gastam a água e depois tentar economizar", comenta o professor.
Uma indústria de pequeno porte em São Paulo já fez as contas: reutilizar água faz bem para o bolso. É uma fábrica de semicondutores – peças ultra-sensíveis, produzidas a partir do silício.
"O material chega cinza e é preciso água para todo processo químico de transformação. É uma purificação do silício, que começa com uma limpeza, que consome um monte de água", explica o gerente de produção Eduardo Marzano.
Antes, a água usada na limpeza do silício era simplesmente descartada. A empresa hoje consome dez vezes menos porque reaproveita a água.
"A água usada para limpar o silício passa de um tanque maior para outro, onde é feito o tratamento", conta Eduardo.
O tratamento é simples, feito por apenas um funcionário. No fim, uma lama branca é retirada da água que está pronta para voltar à fabrica, em outras fases da produção. Usando bem a água, a empresa economiza cerca de R$ 8 mil por mês.
"Nós, como empresa pequena, temos sempre a idéia de reduzir custos. E essa foi uma maneira de utilizar a água de uma forma mais inteligente e econômica", avalia Eduardo.

Reportagem acessada em:
http://redeglobo6.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-5013-1-80502,00.html

segunda-feira, 31 de março de 2008

Geleira gigantesca se desprende da Antártica

Foi notícia na última semana, o desprendimento de um bloco gigantesco do gelo "eterno" da Antártica. Veja notícia de 26.03.2008, que pode ser encontrada em:
Uma geleira gigantesca se desprendeu do continente antártico e pode desaparecer em 15 anos. O alerta do grupo de pesquisadores britânicos da Antártica foi apresentando, nesta quarta-feira, no Painel sobre Aquecimento Global do parlamento europeu, em Bruxelas.
Imagens do início do mês mostram o bloco de 415 km² que se soltou e está derretendo rapidamente. É quase a área de Florianópolis.
Mas a notícia do derretimento de geleiras não é recente. Uma notíca veiculada pela Redação do Portal Terra em: Quarta, 7 de agosto de 2002, 21h01 (e infelizmente não está mais acessível no Portal), trazia uma divulgação do Greenpeace sobre o derretimento de geleiras no Polo Norte. Veja abaixo:

Os tripulantes do navio Rainbow Warrior, do Greenpeace, divulgaram hoje os resultados de uma expedição de documentação sobre as geleiras nas ilhas de Svalbard, no Ártico, que chegam a apresentar um derretimento de até 150 metros por ano devido ao aquecimento climático.
O organização de defesa ambiental emitiu hoje um alerta sobre o derretimento dos glaciares no Ártico. Baseados em fotos do Norwegian Polar Institute que documentaram a evolução nas ilhas, cientistas do Greenpeace disseram que as mudanças são preocupantes.
As ilhas ficam cerca de 600 quilômetros ao norte da Noruega. O nome Svalbard significa "a terra com a costa fria", e cerca de dois terços da área é coberto por glaciares. na ilha de Blomstrandbreen, os blocos de gelo começaram a se retrair por volta de 1900 e perderam cerca de dois quilômetros em 80 anos. Desde 1960, o ritmo do derretimento tem sido de 35 metros por ano, e ainda maior na última década.
O comunicado do Greenpeace afirma que o derretimento é causado pelas altas temperaturas. "Os glaciares estão diminuindo e nós corremos o risco de perdê-los se não reduzirmos drasticamente o efeito estufa", disse a organização. Os glaciares, de acordo com o comunicado, "são um dos mais visíveis e alarmantes sinais de que a mudança do clima é real".

Certamente esta não será a última notícia sobre derretimento. Infelizmente...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Reaproveitar Água da Chuva em Residências

Para reaproveitar a água da chuva é preciso construir um sistema para captação, filtragem e armazenamento da água. A captação é feita com a instalação de um conjunto de calhas no telhado, que direcionam a água para um tanque subterrâneo ou cisterna, onde ela será armazenada. Junto a esse reservatório, é necessário instalar um filtro para retirada das impurezas, como folhas e outros detritos, e uma bomba, para levar o líqüido a uma caixa d'água elevada separada da caixa de água potável.
Embora não seja própria para beber, tomar banho ou cozinhar, a água de chuva tem múltiplos usos numa residência. Entre eles, a rega de canteiros e jardins, limpeza de pisos, calçadas e playground e lavagem de carros (gastos que representam cerca de 50% do consumo de água nas cidades), além de descarga de banheiros e lavagem de roupas. Para isso, no entanto, é preciso alterar as tubulações já existentes e construir um sistema paralelo ao de água potável.
Algumas empresas, como a catarinense Bella Calha (http://www.acquasave.com.br/acqua/index_acqua.php3?pg=press1), oferecem sistemas completos de aproveitamento de água de chuva. Eles podem ser instalados em casas e prédios já construídos ou ainda em obras. Nos edifícios prontos, o reaproveitamento será para as áreas comuns, já que o custo de criar uma rede paralela de água em cada apartamento torna a empreitada inviável.
Fonte:
Revista Vida Simples Nº 65 (http://revistavidasimples.com.br/)

quarta-feira, 26 de março de 2008

Classificação das águas subterrâneas

RIO DE JANEIRO, 24 de março (Tierramérica: <http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=eco&nro=333>).- As águas subterrâneas do Brasil já contam com uma classificação segundo suas características e graus de contaminação, e uma indicação do tipo de uso adequado para cada aqüífero. De acordo com suas características hidrogeoquímicas naturais, as águas serão classificadas em cinco categorias, além da “classe especial” para aqüíferos destinados à preservação de ecossistemas ou alimentação de rios e lagos. O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) adotou a medida no dia 12 de março, com o objetivo de controlar e proteger a qualidade desses recursos hídricos, cuja descontaminação é cara e lenta. Antes, as águas subterrâneas eram contaminadas sem que os órgãos estaduais pudessem controlá-las. “Agora poderão promover uma melhor gestão do recurso e fazer sua divisão por zona”, afirmou ao Terramérica a assessora técnica do Conama, Cleidemar Batista.
*Fonte: Inter Press Service.